07 junho, 2014

São Luís

Abril de 2012.

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Novembro de 2011. Eu estava prestes a viajar para Natal onde passaria uma semana inteira. Antes havia boatos sobre um festival que aconteceria na cidade de São Luís, no Maranhão. Um grande festival de Heavy Metal que seria nos moldes dos europeus como o Hellfest e Wacken Open Air. Diziam que o anúncio aconteceria na sexta, um dia antes de eu voltar para Recife, no show da banda gaúcha Hibria na capital maranhense. Após voltar para Recife com Fernanda onde iriamos ver o show do Ringo Starr, baterista dos Beates, procuro informações sobre o tal evento. E enfim foi confirmado o Metal Open Air, mas sem bandas ainda, somente com a data marcada para o final de Abril de 2012.

Nos cinco messes subsequentes a programação foi aos poucos divulgada, medalhões do Heavy Metal estariam no Nordeste num único final de semana. Nós, eu e Fernanda, juntamente com vários amigos pensávamos em ir. Corremos atrás de passagens, esperamos uma promoção, compramos. Como muitos amigos também iriam uma casa foi alugada no destino. Mas nem tudo saiu como o esperado.

Nanda saiu de Natal para Recife numa tarde e na manhã seguinte já estávamos no aeroporto rumo a São Luís. Chegando lá complicações. Apesar do bairro que ficamos ser ao lado do aeroporto as ruas têm mais de um nome e assim o taxista não soube chegar lá e tivemos que voltar ao aeroporto e esperar por algumas horas os amigos que já estavam na cidade ir nos buscar. Nesse meio tempo voos foram chegando com uma predominância do tom preto nas camisas. Nunca vi tanta gente de preto chegando ao mesmo local que não fosse um show. Nesses voos também chegaram algumas bandas. Conhecemos os integrantes da banda americana Symphony X e também vimos os canadenses do Exciter. Depois que já estávamos em casa soubemos que a banda Megadeth e umas outras chegaram logo após nossa saída.

5 dias incompletos no Maranhão. 3 dias quase completos no festival. Nenhuma visita turística na cidade. Essa era a ideia. Mas como disse, não foi como esperado. Saldo final, 5 dias incompletos no Maranhão, 1 dia e meio no festival. Visitas turísticas pela cidade.

Foi o festival do pelo menos. Pelo menos vimos Megadeth, Symphony X, Orphaned Land, Exciter, Anvil, Destruction, Exodus, Shaman, Almah, Dark Avenger, Korzus e mais algumas. Mas infelizmente em meio a brigas da produção o festival foi um desastre. Nós que fomos realmente saímos de lá decepcionados depois de cinco meses de planejamento, porém o saldo não foi negativo. Nem no festival onde, apesar de tudo, me diverti, e muito. Nem na cidade, que apesar da infraestrutura para o turista ser terrível, conheci locais interessantes como o centro histórico de São Luís e o litoral repleto de navios que mais parecia uma batalha naval. Ainda cogitamos ir aos lençóis maranhenses, mas pela falta de tempo não conseguimos ir.


Lembramos daquela viagem não com o ar da decepção que alojou-se em nós em alguns momentos marcantes, como no meio da falta de informação da produção, tínhamos que ler notícias pela internet durante os shows e descobrimos que três das bandas que mais queriamos assistir não iriam, Saxon e Venom, que nem viajaram ao festival, e Blind Guardian que estava no hotel, mas se recusou a ir ao evento alegando falta de segurança. Na verdade, lembramos da viagem com admiração dos shows que vimos e da animação que era estar naquela casa cheia de amigos e na diversão que foi explorar a cidade maranhense.

Interessante saber que toda essa história começou ao meio de uma viagem para ver o eterno baterista dos Beatles, Ringo Starr, e quando estávamos em São Luís acabamos abdicando de ver o Sir Paul McCartney que fez dois shows em Recife no mesmo final de semana e de ir ao lendário festival Abril pro Rock, também na capital pernambucana que somado a várias apresentações também teve o Exodus que tocou em São Luís. Tudo no mesmo final de semana. Tudo começou com Ringo Starr e acabou com Paul McCartney.