Clique aqui para ver as fotos em São Luís
Novembro de 2011. Eu estava
prestes a viajar para Natal onde passaria uma semana inteira. Antes havia
boatos sobre um festival que aconteceria na cidade de São Luís, no Maranhão. Um
grande festival de Heavy Metal que seria nos moldes dos europeus como o
Hellfest e Wacken Open Air. Diziam que o anúncio aconteceria na sexta, um dia
antes de eu voltar para Recife, no show da banda gaúcha Hibria na capital
maranhense. Após voltar para Recife com Fernanda onde iriamos ver o show do
Ringo Starr, baterista dos Beates, procuro informações sobre o tal evento. E
enfim foi confirmado o Metal Open Air, mas sem bandas ainda, somente com a data
marcada para o final de Abril de 2012.
Nos cinco messes subsequentes a
programação foi aos poucos divulgada, medalhões do Heavy Metal estariam no
Nordeste num único final de semana. Nós, eu e Fernanda, juntamente com vários
amigos pensávamos em ir. Corremos atrás de passagens, esperamos uma promoção,
compramos. Como muitos amigos também iriam uma casa foi alugada no destino. Mas
nem tudo saiu como o esperado.
Nanda saiu de Natal para Recife
numa tarde e na manhã seguinte já estávamos no aeroporto rumo a São Luís.
Chegando lá complicações. Apesar do bairro que ficamos ser ao lado do aeroporto
as ruas têm mais de um nome e assim o taxista não soube chegar lá e tivemos que
voltar ao aeroporto e esperar por algumas horas os amigos que já estavam na cidade
ir nos buscar. Nesse meio tempo voos foram chegando com uma predominância do
tom preto nas camisas. Nunca vi tanta gente de preto chegando ao mesmo local
que não fosse um show. Nesses voos também chegaram algumas bandas. Conhecemos
os integrantes da banda americana Symphony X e também vimos os canadenses do
Exciter. Depois que já estávamos em casa soubemos que a banda Megadeth e umas
outras chegaram logo após nossa saída.
5 dias incompletos no Maranhão. 3
dias quase completos no festival. Nenhuma visita turística na cidade. Essa era
a ideia. Mas como disse, não foi como esperado. Saldo final, 5 dias incompletos
no Maranhão, 1 dia e meio no festival. Visitas turísticas pela cidade.
Foi o festival do pelo menos.
Pelo menos vimos Megadeth, Symphony X, Orphaned Land, Exciter, Anvil,
Destruction, Exodus, Shaman, Almah, Dark Avenger, Korzus e mais algumas. Mas
infelizmente em meio a brigas da produção o festival foi um desastre. Nós que
fomos realmente saímos de lá decepcionados depois de cinco meses de
planejamento, porém o saldo não foi negativo. Nem no festival onde, apesar de
tudo, me diverti, e muito. Nem na cidade, que apesar da infraestrutura para o
turista ser terrível, conheci locais interessantes como o centro histórico de
São Luís e o litoral repleto de navios que mais parecia uma batalha naval.
Ainda cogitamos ir aos lençóis maranhenses, mas pela falta de tempo não
conseguimos ir.
Lembramos daquela viagem não com
o ar da decepção que alojou-se em nós em alguns momentos marcantes, como no meio
da falta de informação da produção, tínhamos que ler notícias pela internet durante
os shows e descobrimos que três das bandas que mais queriamos assistir não
iriam, Saxon e Venom, que nem viajaram ao festival, e Blind Guardian que estava
no hotel, mas se recusou a ir ao evento alegando falta de segurança. Na
verdade, lembramos da viagem com admiração dos shows que vimos e da animação
que era estar naquela casa cheia de amigos e na diversão que foi explorar a cidade
maranhense.
Interessante saber que toda essa
história começou ao meio de uma viagem para ver o eterno baterista dos Beatles,
Ringo Starr, e quando estávamos em São Luís acabamos abdicando de ver o Sir
Paul McCartney que fez dois shows em Recife no mesmo final de semana e de ir ao
lendário festival Abril pro Rock, também na capital pernambucana que somado a
várias apresentações também teve o Exodus que tocou em São Luís. Tudo no mesmo
final de semana. Tudo começou com Ringo Starr e acabou com Paul McCartney.